quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

A Comissão Europeia mais uma vez permeável aos lobbies de gigantes como a Monsanto pretende tornar lei aquilo que em baixo está descrito e traduzido.
De uma forma resumida pretende que o povo abdique do seu direito a poder semear as suas próprias sementes, variedades selecionadas e adaptadas a cada região transportando e preservando em si as cambiantes genéticas de cada lugar da terra, ou seja a biodiversidade, substituindo essas mesmas sementes por variedades aprovadas previamente pelos gigantes do negocio das sementes, variedades Geneticamente Modificadas e sendo essas e só essas as encontradas num espaço de poucos anos. Se ainda não entendeu eu explico de outra forma: Aquelas sementes que guarda em casa, da salsa, dos coentros, dos tomates passam a ser proibidas e você tem de ir comprar as que são legais. Parece anedótico não é? mas é isso que está a tentar tornar-se lei.
Se concorda comigo tente assinar uma das muitas petições online para por fim a esta loucura coletiva 
 
 
 
EC published the new version of the Law of the seeds. The proposal was approved and goes to the EU Parliament. All farmers and ORGs have to sign up and are subject to several obligations, like maintaining a register of all persons who receive seeds and those seeds yield. It’s illegal to register traditional seed varieties that were not in the market before the new law. Also, traditional varieties are registered attached to a "region of origin" and can only be produced there. The new law regulates much more than necessary to ensure a healthy supply of seeds, creates impossible barriers for all involved in seeds preservation, reduces farmers and consumers choice and gives absolute control over the production of seeds to the E. Commission. Civil society continues to reject this law and wants out of its scope the varieties of open pollinated seeds and those without intellectual property rights, as well as seeds harvested by farmers.
 
Tradução
A CE publicou a nova versão da Lei das sementes. A proposta foi aprovada e vai para o Parlamento Europeu. Todos os agricultores e organizações teem que se inscrever e estão sujeitos a várias obrigações, tais como a manutenção de um registo de todas as pessoas que recebem sementes e as sementes colhidas. É ilegal registar variedades tradicionais (autóctones) de sementes que não estivessem no mercado antes da nova lei. Além disso, as variedades tradicionais são registradas, com ligação a uma "região de origem", e só podem ser produzidas aí. A nova lei regula muito mais do que o necessário para garantir uma fonte saudável de sementes, cria barreiras impossíveis para todos os envolvidos na conservação de sementes, reduz a possibilidade de escolha a agricultores e consumidores e dá controle absoluto sobre a produção de sementes para a Comissão Europeia. A sociedade civil continua a rejeitar esta lei que quer tirar do seu âmbito, as variedades de sementes de polinização aberta e os que sem qualquer direito de propriedade intelectual, querem regular as sementes produzidas e recolhidas pelos agricultores.

domingo, 6 de outubro de 2013

Criação de associação de apicultores

Procuro apicultores do concelho de Ferreira do Alentejo ou limitrofes para criação de organização de apicultores.
Contatar pelo email apialentejo@gmail.com

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Sempre pertinente - Rotulagem dos alimentos

Rotulagem de Alimentos:
O rótulo é o "Bilhete de Identidade" de um produto, por isso, para além da função publicitária, o rótulo deve ser fundamentalmente um meio de informação que facilita ao consumidor uma escolha adequada e uma actuação correcta na conservação e consumo do produto.

Assim, as indicações devem ser completas, verdadeiras e esclarecedoras quanto à composição, qualidade, quantidade, validade ou demais características que entrem na composição do produto.


O que é a rotulagem?

Conjunto de menções e indicações, inclusive imagem e marca de fabrico ou de comércio, respeitantes ao produto alimentar que figuram sobre a embalagem em rótulo, etiqueta, cinta, gargantilha, letreiro de documento, acompanhando ou referindo-se ao respectivo produto.


É obrigatório que o rótulo contenha:

  • Denominação de venda - Designação do produto pelo seu nome (bolacha, carne, gelado, ovos, etc.). Não pode ser dissimulada, encoberta ou substituída por marca de comércio ou designação de fantasia. Sempre que o consumidor possa ser induzido em erro, a denominação de venda deve incluir indicação do estado físico do produto ou do tratamento específico a que foi submetido (fumado, concentrado, reconstituído, congelado, liofilizado, etc.);

  • A lista de ingredientes e aditivos elaborada por ordem decrescente das quantidades;

  • Quantidade líquida ou quantidade de produto contido na embalagem expresso em volume (litro) ou em massa (quilograma);

  • Data de durabilidade mínima ou data limite de consumo, ou seja, a data até à qual o produto alimentar conserva as suas propriedades específicas nas condições de conservação apropriadas. A data de durabilidade mínima deve constar sempre na embalagem e ter a seguinte designação: "consumir de preferência antes de " A data limite de consumo também é obrigatória e é representada pela inscrição: "Consumir até ". Nos produtos que duram menos de 3 meses: o mês e o dia. Nos produtos que duram entre 3 e 18 meses: o ano e o mês. Nos produtos que duram mais de 18 meses: o ano;

  • Condições especiais de conservação, utilização e modo de emprego. Quando os produtos careçam de especiais cuidados de conservação ou utilização e o seu modo apropriado exija indicações especiais;

  • Região de origem quando a sua omissão seja susceptível de induzir o comprador em erro quanto à real origem do produto (exemplo: vinho do Porto, pão de Mafra);

  • Indicação que permita identificar o lote ao qual pertence o alimento. Nome, firma ou denominação social e morada do produtor, importador ou armazenista, retalhista ou outro vendedor, conforme a entidade responsável pelo lançamento do produto no mercado.

Estão isentos:

  • Da indicação da data de durabilidade mínima:

    • Açúcar;

    • Vinho;

    • Frutos e hortícolas frescos;

    • Sal;

    • Vinagre;

    • Bolos de pastelaria;

    • Gelados, etc.

  • Da indicação da quantidade líquida:

    • Os produtos vendidos à peça ou pesados à vista do comprador e sujeitos a perdas consideráveis da sua massa ou volume. Exemplo: alguns tipos de queijo e fruta;

    • Os produtos cuja quantidade líquida é inferior a 5g ou 5ml, com excepção das especiarias e das plantas aromáticas;

    • Os produtos habitualmente vendidos por números de unidades, desde que esse número possa facilmente ser contado do exterior ou indicado no respectivo rótulo. Exemplo: ovos.

É obrigatório que o rótulo seja:

  • Escrito em Português ou, sendo noutra língua, totalmente traduzido. Exceptua-se a denominação de venda quando se possa traduzir ou seja internacionalmente consagrada;

  • Escrito em caracteres indeléveis facilmente visíveis e legíveis, em local de evidência e redigidos em termos concretos, claros e precisos, não podendo ser dissimulados ou separados por outras menções ou imagens




(*) Fonte: Portal do Cidadão

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Vespa velutina (asiática)

Infelizmente o motivo que me faz vir aqui hoje é da maior gravidade.

Por constatação pessoal tenho de informar que a vespa velutina já se encontra no litoral alentejano, mais concretamente na zona do Cercal do Alentejo.

Confirmei por visualização pessoal uma delas cercando colmeias.

Diz o dono do apiário que já há vários dias tem vindo a verificar a presença destes "vespões" que nunca tinha visto por lá.

Esta informação reveste-se da maior gravidade visto que todos os relatos de avistamentos de certa forma estavam confinados ao norte de Portugal e sobretudo à zona de Viana do castelo.

Resta a quem começar a sofrer desta praga que tente localizar os ninhos e informar a Proteção Civil da localização dos mesmos.


Felizmente esta informação que aqui prestei foi errada, esta informação era fruto de um avistamento e quando foram feitas capturas verificou-se que era !

Depois de algumas capturas a vespa em causa não era a Velutina mas sim a Crabro.

A vespa Crabro é autóctone e a abelha melífera sabe conviver com ela coisa que acontece penso que há milhares de anos.

No entanto e em caso de qualquer duvida sobre a identificação de alguma vespa capturada, peço que sejam tiradas fotos da mesma e que as enviem para este email. Para melhor referência, porque muitas vezes pela foto não se consegue perceber dimensões, coloquem uma moeda ao lado da vespa porque assim já dá pontos de referência.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

As abelhas estão a morrer por todo o mundo. A razão está aqui !


Durante mais de um ano, os média teem relatado sobre a dramática perda de abelhas na Europa e América do Norte. Até 50% a 90% das populações de abelhas simplesmente desapareceram, deixando as suas colmeias vazias e forçando os agricultores na demanda de investigações para determinar a causa.No começo eram as abelhas melíferas que foram dizimados - e então as populações de abelha começou a desaparecer. Os abelhões são responsáveis ​​pela polinização de 15% estimado de todas as culturas cultivadas nos EUA, mais ou menos  3 biliões de $, principalmente aqueles criados em estufas. Estas incluem tomates, pimentões e morangos. Esta crise acabou por ser chamada de Síndrome do Colapso das Colónias, ou em inglês CCD.


A CCD é uma "falsa doença !"

A teoria mais
popular, com exceção do ácaro Varroa [direita] e radiação RF de telemóveis, teem sido a crença de que um vírus - semelhante à SIDA - já infetou as abelhas. Uma equipe liderada por cientistas da Escola da  Universidade Mailman em Columbia, Universidade Estadual da Pensilvânia, o USDA (Agricultural Research Service, University of Arizona), e 454 Life Sciences encontraram uma ligação significativa entre o Vírus Israialita da Paralisia Aguda (IAPV) e a SDC (CCD) nas abelhas.

Uma equipe de cientistas do Centro Químico e Biológico Edgewood e da Universidade da Califórnia em San Francisco identificaram ambos os vírus e um parasita que são prováveis ​​responsáveis pela súbita e recente mortandade das colonias de abelhas. Usando uma nova tecnologia chamada de Sistema de Detecção Integrado de Vírus (IVDs), que foi projetado para uso militar e que rapidamente projeta amostras para patógenicos, os cientistas da ECBC, na semana passada, isolaram a presença de patógenicos virais e parasitárias que podem estar a contribuir para a perda de abelhas.

No entanto parece que um culpado muito mais básico matou as abelhas - Bayer Corporation.  A Colony Collapse Disorder (CCD)  é um envenenamento com uma neurotoxina para  insetos, com o nome de Clothianidin, um pesticida fabricado pela Bayer, que tem sido claramente associada à morte maciça de  abelhas na Alemanha e na França.

Clothianidin = "Sindroma do Colapso das Colónias (CCD)"
A história é esta. Uma das culturas mais importantes é o milho. É usada como um alimento para frangos, suínos, bovinos, etc.. É usado em farinhas e na produção de xarope de milho rico em frutose. Quase tudo que comemos depende de milho. Recentemente, com a crise energética, a produção de milho também tem sido pressionada para produzir etanol para utilizar nos nossos carros. Mas o milho tem um inimigo chamado o verme da raiz.

 (E) -1 - (2-cloro-1 ,3-thiazol-5-ilmetil)-3-metil-2-nitroguanidineNome comercial: Poncho 600, Prosper e Elado, um subgrupo de Nitroguanidina nicotinoids produzido pela Bayer Corporation e registado em 2003.

Este bicho (inseto) traquinas, chamado Diabrotica vergifera vergifera, [direita] tocas nas raízes recém-formandas da planta do milho e faz com que a planta murche e, eventualmente, morra. Os agricultores procuraram durante muito tempo um pesticida para matar este inseto e, em 2003, a Bayer Pharmaceutical introduziu um novo produto chamado Clothianidin. Os seus próprios estudos mostraram que esse pesticida era altamente tóxico para as abelhas, mas justificaram o uso generalizado, pois poderia ser aplicada às sementes de milho que seriam enterradas no solo onde presumivelmente seria inofensivo para outras criaturas.
Na teoria, os agricultores foram orientados para comprar máquinas especiais que cobriam as sementes com clotianidina e um adesivo especial que secava as sementes e depois seriam plantadas. O veneno era suposto ficar agarrado á cobertura da semente e de ser tóxico para o rootworm quando ele tentasse tocar as raízes recém-formandas

A Bayer, que fez o pesticida e a Monsanto, que fez o adesivo, patentearam o método de revestimento das suas sementes com clotianidina, que agora estão a crescer por todo o mundo.
Oooooops!.

O primeiro indício de que a CCD era um simples caso de envenenamento, em tudo semelhante no passado à DDT e á mortandade com as aves, décadas atrás, foi quando a clotianidina foi usada em lavouras de milho no estado da Alemão de Baden-Wuerttemberg.

Em julho de 2007, a culturas de milho alemãs, foram infetadas com a rootworm. O governo alemão ordenou que todos os métodos possíveis deveriam ser usados para erradicar esta praga, incluindo o uso da clotianidina. Logo após as sementes terem sido plantadas, em maio de 2008, cerca de 330 milhões de abelhas morreram abruptamente!

Segundo o centro de pesquisa Alemão para plantas cultivadas, 29 de 30 abelhas mortas foram mortos pelo contato direto com clotianidina.
Philipp Mimkes, porta-voz da coligação alemã contra os perigos da Bayer, disse: "Temos vindo a apontar os riscos de neonicotinóides quase 10 anos. Isto prova sem qualquer margem para dúvida que os produtos químicos podem entrar em contato com as abelhas e matá-las.. esses pesticidas não devem estar no mercado. "

Uma investigação revelou que o revestimento de sementes não permaneceu no solo, mas foi introduzida para o ar (e no resto da planta) por abrasão simples, pelo roçar das sementes, pela forma como são armazenadas, movidas e até semeadas  no solo pelas máquinas agrícolas.

As autoridades alemãs sugeriram que as sementes não foram tratadas com um polímero especial, chamada de "Etiqueta"(sticker), que faz com que o pesticida adira à semente. Mas é de notar também que a formulação da clotianidina não exige esse "sticker" nas aplicações típicas e a maioria dos agricultores acha esse revestimento adicional com um custo proibitivo.

O governo alemão rapidamente proibiu este pesticidas e indemnizou a titulo de compensação os agricultores e emitiu uma forte advertência contra o uso deste produto químico na agricultura.
De acordo com o German Federal Institute Agricultura,  "pode concluir-se de forma inequívoca que o envenenamento das abelhas é devido ao atrito do ingrediente pesticida clotianidina a partir de sementes do milho."

De acordo com os EUA Agência de Proteção Ambiental (30 de maio de 2003): "Clothianidin tem o potencial de exposição crônica tóxico para as abelhas, bem como outros polinizadores não-alvo, através da translocação de resíduos de clonianidin no néctar e no pólen."

[No mesmo relatório] "O destino e disposição de clotianidina no meio ambiente sugere um composto que é inseticida assistémico. e que é persistente e móvel, estável à hidrólise, e tem o potencial de lixiviação para as águas subterrâneas, bem como o seu escoamento para as águas de superfície. "

A "Clothianidin é altamente tóxica para as abelhas numa base de contato aguda (matou 50% das populações testadas a mais de 389 mg / kg). Tem o potencial de exposição tóxica cronica para as abelhas, bem como polinizadores não-alvo, através da translocação de resíduos clotianidina no néctar e no pólen. Nas abelhas, os efeitos dessa exposição tóxica crónica podem ser letais e/ou sub-letais nos estados larvares e na capacidade reprodutiva da rainha. "

Clotianidina = neurotoxina

A
indústria do tabaco tem-se vangloriado de que um ou dois cigarros não provocam um cancro do pulmão numa pessoa. Da mesma forma as empresas farmacêuticas são rápidas em demonstrar que alimentar as abelhas com uma quantidade específica de neurotoxinas, como a clotianidina, não mata as abelhas. E, claro, isso é verdade.

Enquanto que pequenas doses de clotianidina podem não matar as abelhas, podem, e aparentemente, interferem com a sua capacidade de orientação de e para a colmeia. O pólen que elas conseguem trazer de volta para a colmeia é então concentrado e exposto a toda a colonia, fazendo com que a supressão do seu sistema imunitário e infeções subsequentes por qualquer número de parasitas e patógenicos. Isto é exatamente o que os apicultores e agricultores têm relatado, colemias meias vazias, abelhas infestadas ou colmeias abandonadas sem que corpos mortos sejam encontrados em qualquer lugar. Também foi observado que nas colónias vazias estão ausentes os habituais parasitas que normalmente tiram proveito de uma colmeia abandonada. A colónia aparenta estar estéril.

Pessoas vestidas de abelhas manifestam-se contra os pesticidas em 21 de abril, 2007 em frente à sede da Bayer, em Bruxelas. Três milhões abelhas morrem em cada ano que passa desde a introdução no mercado do pesticida fabricado pela Bayer.
No cartaz le-se: "Gaucho da Bayer, só mata se alguém o usar."
Não é só o milho

A tragédia
na Alemanha e França mostrou que as abelhas que se foram expostas á clotianidina também infetaram colonias de abelhas que não estavam colhendo pólen do milho, espalhando assim a toxina para regiões a alguma distância das áreas cultivadas com milho. A teoria diz que elas podem ter-se  desorientado e misturaram-se com as abelhas de outras colónias, ou contaminaram o pólen de plantas, onde as colónias de abelhas também foram campear.

A mesma velha história ...

O dinheiro fala
. O agro-negócio é enorme e sua influência é profunda nas ciências e na política. Os seus próprios cientistas sabem muito bem que seu produto tem ameaçado a população mundial de abelhas, no entanto permitem que as teorias de conspiração de uma misteriosa  "Doença do Colapso das Colônias" se mantenha. A clotianidina e imidacloprid (outro pesticida também proibido pela Alemanha e França) conta muito para grande parte do lucro da Bayer agroquímicos.

Eu costumava pensar na Bayer como a empresa que fez a aspirina e remédios, mas eu vi recentemente uma lista de venenos que eles fizeram e comercializados para matar tudo desde micróbios a insetos. Parece estranho para mim que uma empresa que fabrica venenos também fabrique remédios ... Existe alguma ligação nisso? Talvez sejam apenas lados diferentes do mesmo dólar ou euro.

by Dan Eden for Viewzone